sábado, 3 de abril de 2010

Silêncio-me nas poderosas palavras do silêncio. Retenho-me do enorme barulho do sliêncio, que se entranha dentro dos meus ouvidos e me faz confusão na cabeça. O silêncio é muito barulhento. Não estou a saber lidar com ele. Refugio-me num lugar seguro. Ou melhor, tento. Na verdade, esse silêncio que me perturba acompanha-me em qualquer lado. Peço, imploro que se afaste, mas ele não respeita. Sinto-me mais uma vez sozinha, com vontade de cometer todas as loucuras, como quando tinha 12 anos. Afinal, o que se estará a passar? Será que tudo o que vivi não deu em nada? Todos os anos, que julgo se terem realizado não passaram de meros sonhos e insignificantes ilusões (...) não posso crer. Pensava que a vontade de cortar os pulsos, já tinha passado. Que a vaidade em me suicidar já tinha fugido impune. Eu ensinara algumas pessoas, que hoje ainda se cruzam na minha vida e me agradecem o facto e a disponibilidade que dei, para as fazer perceber coisas erradas. Limitei-me a fazer o certo. O merecido. Mesmo, ainda não conhecendo, eu não me 'perdoei'. Não liguei a birras, inseguranças e insignificâncias. Atirava-me de cabeça, sem dó nem piedade de mim mesma. Na mais pura da verdade, por outros. No início, todos me tratam pela menina perfeita. sem defeitos. sem interrogações. sem problemas. forte e no entanto sensível. Eu aviso antecipadamente, no mundo onde vivo. A pessoa que eu sou. Que tudo o que me rodeia e faz parte do meu dia a dia, não é um mar de rosas. Não sou um conto de fadas. Eu aviso previamente e ninguém quer acreditar. Na altura, que erro, todos me julgam de uma vez só. Não perdoam o facto de errar ser humano ! Eu também sou um ser humano. Não sou a fadinha mais valiosa do conto de fadas mais belo que só quer bem a todos. Tenhos os meus problemas. Amo muita gente e no entanto, não suporto outra tanta. Todos me jogam à cara as asneiras, mas ninguem se lembra, que fui eu que deitei a mão, mesmo quando não conhecia. Começo a pensar, que quando passo na vida de uma pessoa, tenho apenas uma missão a cumprir. Quando essa mesmo se concretiza, eu desapareço. Eu voo por entre as planíces mais altas, à procura de mais uma vida para mudar. Mudar e melhorar. Sinto-me bem enquanto ajudo. O mais certo, é que fico mal, quando me prejudicam.

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